quinta-feira, 28 de julho de 2011

Homenagem ao Rio Buranhém

            Homenagem da S.O.S. Mangues e Vidas Aquáticas ao Rio Buranhém, um dos principais rios da nossa área de atuação.



domingo, 24 de julho de 2011

Crime contra o Rio Buranhém!

               Segundo informação de um amigo e futuro Membro da S.O.S. Mangues e Vidas Aquáticas, ontem (23 de julho de 2011) o procuraram e disseram-lhe que o Rio Buranhém está sendo agredido por um despejamento de esgoto em seu leito. A informação chegou em nosso Orkut. Eis o teor:

               "Amigos do S.O.S. Mangues: ontem fui procurado por uma pessoa que diz ter um vídeo do despejo in natura de esgoto no Rio Buranhém. Segundo o denunciante é um crime de grandes proporções. Já quero alertá-los quanto a isso, e assim que receber este material precisamos fazer algo".

               Por motivo de normas da S.O.S. Mangues e Vidas Aquáticas, não divulgaremos o nome do amigo que nos passou essa informação. Porém, já fica aqui registrada a denúncia e a afirmação de que iremos investigar o fato para, em seguida, denunciar o suposto crime ambiental. Se tivermos acesso ao vídeo, certamente o divulgaremos aqui e através de todos os meios que estiverem ao nosso alcance. 


Rio Buranhém
Foto de João Souza / Jornal A Tarde
                ¹"O Rio Buranhém nasce na Pedra do Cachorro, na Serra dos Aimorés, em Santo Antônio do Jacinto (Minas Gerais). Conhecido também como Rio do Peixe ou Porto Seguro, percorre 20 km em Minas Gerais e 128 km na Bahia, para completar 148 km de curso até sua foz no Oceano Atlântico, entre Porto Seguro e Arraial D'Ajuda, entre as belas praias do Cruzeiro e  do Apaga-Fogo. O Rio está no centro do triângulo turístico do Sul da Bahia, que envolve Arraial D'Ajuda, Trancoso e Porto Seguro, onde abrange uma área de 377,8 km², corta o Centro do município e permite passeios ecológicos até a Ilha do Pau do Macaco, uma das várias ilhas fluviais locais entre ecossistemas diversos, além de formar um estuário com 12 km de extensão, com manguezais e espécies estuarinas características. Sua vazão média é de 25,65 m³/s na região já próxima de Porto Seguro.

               Na foz do Buranhém atracou-se o Pedro Álvares Cabral com a sua frota em abril de 1500, no dia seguinte à chegada do descobridor português ao litoral brasileiro.

               Na língua tupi do sul da Bahia, buranhém significa 'pau doce', o nome de uma árvore de madeira boa e casca com propriedades medicinais". 

               A S.O.S. Mangues e Vidas Aquáticas não só denunciará os crimes praticados contra o Rio Buranhém, mas, também, lutará em sua defesa. Junte-se a nós nesta luta, pois é mais uma em meio à guerra travada contra os agressores do meio ambiente no Sul e Extremo Sul da Bahia.


Valerio Hafner
Presidente


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

¹WIKIPÉDIA, Rio Buranhém (site consultado no dia 24/07/2011, às 15:15 h).
  

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O nosso problema não é meramente local, mas planetário!

            Falei, em postagem anterior a esta, que solicitei o apoio do Greenpeace para nossas lutas em favor do meio ambiente no Sul e Extremo-Sul da Bahia, áreas da nossa atuação. Falei, também, que fui informado por um representante da referida ONG no Brasil, que o Greenpeace "só atua denunciando crimes ambientais de impacto mundial". Volto a repetir que, até hoje, não entendi o que significa pra eles crimes ambientais de impacto mundial. O que nos chama a atenção é que Paul Watson e seu parceiro Robert Hunter fundaram o Greenpeace em 1971 e, já no ano seguinte, portanto em 1972, na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em Estocolmo, a questão ambiental tornou-se PROBLEMA PLANETÁRIO. Quanto a este assunto, o site Grupo Escolar fala o seguinte:

            ¹"...Os países desenvolvidos apresentam as implicações da questão ambiental para a questão econômica-social e propõem, também, maior participação do cidadão, demonstrando a necessidade da implementação da educação ambiental para uma maior consciência ecológica. Porém, só na década de 80 é que se discute mais sobre o assunto e a EIA (Estudo de Impactos Ambientais) torna-se implementada a nível mundial.

            Já o final da década de 80 traz consigo grandes mudanças sócio-político e econômicas, tais como: a queda do Muro de Berlim, mudanças e fim da URSS, fim da guerra fria e da bipolarização mundial (Bloco dos países comunistas x Bloco dos países capitalistas), entre outras. Dessa forma, o mundo tornou-se Multipolar e as preocupações mundiais tornaram-se globalizadas e voltadas, também, para o meio-ambiente e a questão ambiental toma um novo rumo e um grande avanço.

            Na década seguinte (90), realizou-se a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio-Ambiente e Desenvolvimento (20 anos depois da Conferência de Estocolmo). A citada Conferência, a Eco 92, foi realizada no Rio de Janeiro de 3 a 4 de junho, onde se reuniram pessoas de várias nações, níveis sociais e intelectuais, como chefes de Estado, cientistas, ambientalistas, ONGs, jovens, adultos, crianças, índios, etc. Segundo afirma Magnolli & Scalzaretto (1994: p. 133) 'A Conferência do Rio de Janeiro discutiu uma vasta temática, ligada aos climas globais, às florestas e a biodiversidade...'."

            Isto posto, fica muito claro que não estamos tratando de um problema meramente local. Se a S.O.S. Mangues e Vidas Aquáticas tivesse como objetivo apenas a defesa dos manguezais em Ilhéus (foto ao lado), já estaria apontando para problemas ambientais de impacto mundial. Acontece que, a área que abraçamos para defender é muito grande e, levando-se em consideração o sem-número de problemas nela existente, estaremos ocupados por décadas, principalmente no que se refere a educar a atual e as futuras gerações para a viabilização da preservação ambiental, pois, falar em defesa do meio ambiente sem tratar o homem que nela está inserido, educando-o e dando-lhe o mínimo de dignidade, é uma falácia - este é um assunto que trataremos com mais profundidade em outras postagens. Aqui, fica o registro de que não minimizaremos os nossos problemas, como se a Terra fosse um planeta e a nossa região outro. Estaremos levando ao mundo as nossas questões sócio-ambientais e, ao mesmo tempo, revelando ao nosso povo o que está acontecendo em outras partes do globo, estimulando, assim, uma relação de reciprocidade simbiótica, onde a consciência ambiental fluirá por osmose nas gerações que nos substituirão.

            Que fique mais uma vez claro: os problemas causados pelos impactos ambientais no Sul e Extremo-Sul da Bahia não são meramente locais, mas PLANETÁRIOS!


Valerio HAFNER - Presidente
Chavannes - Suíça


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA        

¹GRUPO ESCOLAR, A Geografia e o Meio Ambiente na Nova Ordem Mundial (site consultado no dia 08/07/2011, às 16:47h).   

IMAGEM 2 - Blog Ilhéus Viva (foto copiada do site no dia 08/07/2011, às 18:15h).