sexta-feira, 24 de junho de 2011

Boto é encontrado morto na Praia do Cristo em Ilhéus

          A notícia chega aqui após vinte dias do fato ocorrido. Mas essa é uma daquelas situações que não deve ser jogada no mar do esquecimento. E um dos objetivos da S.O.S. Mangues e Vidas Aquáticas é este: trazer à memória da sociedade, em tempo e fora de tempo, as notícias de impacto ambiental nas regiões Sul e Extremo Sul da Bahia.  

          No momento em que o boto foi encontrado boiando morto nas águas da Baía do Pontal, estava ocorrendo a 1ª Etapa do Campeonato Brasileiro de Triathlon Olímpico em Ilhéus. Era o dia 04 de junho de 2011, e eu estava lá. As pessoas, quando perceberam o infeliz achado, correram para ver o boto morto - a maioria, claro, por mera curiosidade, sem ter a consciência da gravidade daquela situação. O boto provavelmente morreu por ter ficado preso em redes de pesca que são armadas regularmente na área, o que gera um sério problema de impacto ambiental. Alice Villiane do Nascimento, Tenente do 5º Grupamento de Bombeiros Militares de Ilhéus, Graduanda em Medicina Veterinária da Universidade Estadual de Santa Cruz,  e Membro da S.O.S. Mangues e Vidas Aquáticas, tentou de várias formas fazer a necropsia do boto, com o acompanhamento de um Médico Veterinário, mas não teve condições técnicas para tal. A morte do boto ocorreu justamente na véspera do Dia do Meio Ambiente, uma triste ironia, mas que nos leva à reflexão: a natureza está pedindo socorro!  

            ¹"O boto é um mamífero da ordem Cetacea, nativo da Amazônia e das costas do Atlântico, Pacífico, Índico, Mar Adriático, Mar Cáspio, Mar Vermelho e Golfo Pérsico. Os botos são dos poucos únicos mamíferos dessa ordem vivendo exclusivamente em ambientes de água doce, sendo considerados por alguns zoólogos como as espécies atuais mais primitivas de golfinhos.

            O boto-cinza, golfinho-tucuxi ou tucuxi (Sotalia fluviatilis, da família Delphinidae) é dividido geralmente em duas subespécies, uma marinha e outra fluvial. A marinha, S. f. guianensis, distribui-se no Atlântico, a partir de Florianópolis (Santa Catarina, Brasil) para o norte. A aquática, S. f. fluviatilis, vive nos rios da Amazônia. O boto-de-burmeister (Phocoena spinipinnis, da família Phocoenidae) é marinho e vive a partir de Santa Catarina para o sul. O boto vermelho ou boto cor-de-rosa, (Inia geoffrensis, da família Platastanidae), de água doce, é endêmico dos rios da Amazônia, e está colocado na categoria vulnerável da UICN. Também vulnerável (ameaçado no Brasil) é o boto-cachimbo, toninha ou franciscana (Pontoporia blainvillei, Platastanidae), marinho, que vive desde o Espírito Santo, para o sul."

Comparação do tamanho do boto relativamente a uma figura humana

         
 Valerio Hafner - Presidente
Chavannes - Suíça


REFERÊNCIAS

¹Wikipédia (site consultado no dia 24/06/2011, ás 15:50 h).
Foto do boto copiada do site Pimenta na Muqueca, no dia 24/06/2011, às 16:37 h.

Nenhum comentário:

Postar um comentário