quarta-feira, 10 de agosto de 2011

"ONG usou documentos falsos em convênios" - mais "lobos" utilizando ONG como fachada


               Na postagem sob o título "LOBA VESTIDA COM PELE DE ONÇA", eu falei sobre os aproveitadores de plantão que utilizam ONGs como fachada para praticarem suas roubalheiras (clique aqui para ler a postagem).

               Agora, com a cascata de escândalos que vem inundando o governo brasileiro, essa verdade ut supra fica mais uma vez evidenciada, conforme repostagem de Leandro Colon (Brasília) e Fernando Gallo (São Paulo), do Estadão, como abaixo se lê: 


               "O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi), investigado pela Polícia Federal por desvio de dinheiro público, fraudou a documentação para assinar convênios com o Ministério do Turismo.
               Documentos obtidos pelo Estado mostram que o instituto falsificou declarações de qualificação técnica e capacidade operacional supostamente emitidas por entes ou agentes governamentais, ou usou papéis que não têm valor legal. O Ibrasi já recebeu R$ 14 milhões do Turismo em dois anos. Na sede, uma funcionária informou ontem que ninguém poderia atender para comentar a operação da PF.
               Foi apresentada, por exemplo, uma declaração da Prefeitura de Jaguariúna (SP), que a administração da cidade diz desconhecer. 'A declaração não tem existência legal, não está registrada, ou sequer (sic) é de conhecimento do titular da secretaria. Desta forma, não tem valor oficial', informou a prefeitura.
               Cópias. Declaração semelhante foi apresentada pelo instituto ao Ministério do Turismo, proveniente do gabinete do vereador paulistano Adolfo Quintas (PSDB). Quintas confirmou que um funcionário de seu gabinete assinou o documento, mas admitiu que o Legislativo não tem prerrogativas para emitir declaração de qualificação técnica e funcionamento regular. Ele disse ainda desconhecer o Ibrasi. 'Nem sei quem é esse instituto. Nunca ouvi falar', disse o vereador tucano.
               Todas as cinco declarações apresentadas pelo Ibrasi têm o mesmo texto e foram emitidas no mesmo dia: 14 de julho de 2009, cinco dias após a entidade ser oficialmente criada. Para assinar convênios com o governo federal, o Ibrasi deveria existir há no mínimo três anos, mas foi criado em 9 de julho de 2009, com o CNPJ de uma ONG inativa desde 2006.
               Até esse ano, a entidade tinha o nome de Centro de Estudos e Atendimento a Família, Criança e ao Adolescente Amanhã-Ser e atuava com outras finalidades. Os atestados sustentam que o Ibrasi funciona desde 2006.
               Foi o caso de documento assinado pelo deputado federal Arnaldo Jardim (PPS-SP). O parlamentar disse ter atendido ao pedido de dois dirigentes, Maria Helena Necchi e Luiz Gustavo Machado. Jardim afirmou que os conhece e acreditou na proposta. 'Me deixei levar nas informações que me passaram. Não sabia dessas (que o Ibrasi nunca funcionou antes de 2009)'.
                PARA LEMBRAR
               O Estado revelou, em dezembro do ano passado, um esquema de entidades fantasmas que receberam recursos dos Ministérios do Turismo e da Cultura mediante emendas parlamentares semelhante ao descoberto no Amapá. O episódio provocou a renúncia do senador Gim Argello (PTB-AL) à relatoria do Orçamento da União. Emendas de Argello, de cerca de R$ 1,3 milhão, foram parar em entidades que só existiam no papel e repassavam o dinheiro para empresa em nome de laranjas.
               O Estado revelou ainda que estatutos de entidades inativas foram 'comprados' para legalizar as ONGs fantasmas."


Fonte: estadao.br.msn.com (site consultado em 10/08/2011, às 09:25 h). Obs: a imagem acrescentada por mim foi copiada do blog Nova Centelha, através do Google.

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